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+ Bienal / "Cidade: modos de fazer, modos de usar" é o tema da X Bienal de Arquitetura de São Paulo, que acontece em out/nov deste ano, organizada pelo IAB-SP. A proposta desta edição é discutir práticas urbanas contemporâneas, sem se limitar a projetos arquitetônicos-urbanísticos mas incluindo também práticas artísticas-culturais, experiências, obras e situações capazes de provocar um pensamento renovado sobre a cidade. Daí porque, em vez de se encerrar nos limites de um único edifício isolado num parque, esta Bienal se estrutura em rede, conectando pontos distintos da cidade de São Paulo através do metrô: Centro Cultural São Paulo, MASP, Maria Antonia, Teatro Oficina, Parque D. Pedro, Fábricas de Cultura... É um desafio e tanto. Mas ninguém tem dúvida da necessidade de combater  o esgotamento do modelo de Bienal que veio se arrastando nos últimos tempos, com exposições exaustivas e desarticuladas e premiações sem critério que já não faziam mais que conferir prestígio ilusório a alguns arquitetos. Por outro lado, há um entendimento geral da premência de acionar e ao mesmo tempo encontrar o lugar da arquitetura numa discussão mais ampla sobre a cidade, num momento de crise da própria cidade e da disciplina do urbanismo e em face dos acelerados processos de transformação urbana em curso em várias cidades brasileiras.
No momento, estamos construindo uma boa discussão entre os curadores - Guilherme Wisnik, Ligia Nobre e eu - com o apoio incansável de José Armenio, presidente do IAB-SP, e vários interlocutores que tem se envolvido de uma maneira ou outra no processo. E entre tantas questões que nos fazemos, como não poderia deixar de ser, está como abordar o Rio hoje. 


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Bienal de Arquitetura de São Paulo I Hoje, na Folha de S.Paulo. A equipe curatorial é composta por Guilherme Wisnik, Ligia Nobre e eu.



Posto 1 / jan 13

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Secretaria de Urbanismo / O engenheiro Sergio Dias, que esteve à frente da Secretaria Municipal de Urbanismo do Rio de Janeiro desde 2009 - e se manteve no cargo mesmo depois de ter sido flagrado com um guardanapo na cabeça, em estranha comemoração com o governador Sergio Cabral e empresários em Paris - foi substituído ontem pela arquiteta Maria Madalena Saint Martin de Astacio, sua subscretária na pasta. 

A nova secretária é funcionária da Prefeitura há muitos anos e conhece a fundo a legislação urbana carioca. Já exerceu várias funções nas Secretarias de Obras e Urbanismo, como Diretora de Departamento de Licenciamento e Fiscalização, Superintendente de Parcelamento e Edificações e Subsecretária Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente.  

Já em São Paulo, a pasta correspondente (Secretaria de Desenvolvimento Urbano) foi passada ao arquiteto Fernando de Mello Franco, do escritório MMBB. 

Boa sorte a ambos, e a todos nós.
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Trump Towers 3 / O projeto executivo é do escritório de Aflalo & Gasperini, de São Paulo. Ver aqui: http://www.cte.com.br/site/noticias_ler.php?id_noticia=8748 e aqui: http://www.aflaloegasperini.com.br/projeto/trump-towers-rio-even-trump-e-mrp

O escritório integrou a equipe que ficou em segundo lugar no concurso do Porto Maravilha (sob a coordenação do arq. Flavio Ferreira), e tem vários projetos de edifícios altos para a área portuária. Como este:























fonte: O Globo

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Mestrado em Arquitetura na PUC-Rio / Uma boa notícia às vésperas do Natal: depois de um longo processo, foi aprovada pela Capes a proposta de criação do Mestrado em Arquitetura da PUC-Rio, encaminhada pelo Departamento de Artes & Design.
 
O Mestrado tem como área de concentração "Projeto de Arquitetura", e duas linhas de pesquisa: "Teoria e História do Projeto" e "Métodos e Processos de Projeto" (esta, com dois eixos temáticos fortes: "Modelagem e Representação" e "Sustentabilidade"). 
 
O corpo docente tem base interdisciplinar e é composto pelos professores Ana Luiza Nobre, Cecilia Cotrim, João Masao Kamita, Marcos Favero e Otavio Leonidio (Teoria e História do Projeto) e Alfredo Jefferson, Elisa Sotelino, Fernando Betim, Luiz Fernando Martha e Maria Fernanda Lemos (Métodos e Processos de Projeto). 

O objetivo é acompanhar e ao mesmo tempo alimentar mudanças na prática projetual da arquitetura, com base na construção de uma relação orgânica entre as disciplinas da Arquitetura, Engenharia, História e Design, e ênfase numa perspectiva marcadamente contemporânea, ancorada em grande parte na reflexão crítica sobre o processo de transformações urbanas em curso na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O processo de seleção será aberto em data a ser divulgada no primeiro semestre de 2013, e as aulas devem começar em agosto.  Informações atualizadas estarão no site da PUC-Rio e também aqui, claro.

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Trump Towers 2 / Como um projeto de tamanho impacto para a cidade tem um único arquiteto identificado até agora, e mesmo assim, apenas como membro da "equipe brasileira que desenvolve o projeto"?


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Trump Towers / Que Donald Trump seja bem-vindo, mas procure um arquiteto à altura do Rio.









Mais aqui: http://oglobo.globo.com/rio/grupo-de-donald-trump-anuncia-investimento-bilionario-no-rio-7085404
 
 
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Forte / Depois de ser capa da última edição da revista Monolito, a bela estrutura instalada por Carla Juaçaba no Forte de Copacabana durante a Rio+20 recebeu o prêmio "Revelação" da APCA/Associação Paulista dos Críticos de Artes, que há dois anos vem premiando também projetos de arquitetura. 

Além do "Humanidades", foram premiados este ano: Homenagem pelo conjunto da obra: Paulo Archias Mendes da Rocha; Fronteiras da arquitetura: Montagem da 30ª Bienal de Arte de São Paulo / Metro; Obra de arquitetura: Praça das Artes / Brasil Arquitetura e Marcos Cartum; Cliente/promotor: Carlos Augusto Calil / Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo; Projeto referencial: Hidroanel São Paulo / Alexandre Delijaicov, André Takiya e Milton Braga; e Urbanidade: Héctor Vigliecca.

O júri foi composto por Abílio Guerra, Fernando Serapião, Guilherme Wisnik, Maria Isabel Villac, Mônica Junqueira de Camargo, Nadia Somekh e Renato Anelli. 

Carla é professora de Projeto no Curso de Arquitetura da PUC-Rio, e é uma das entrevistadas que está no livro "Entre", lançado ontem na Livraria da Travessa.



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Instalações no Parque Olímpico / Em meio à comoção geral pela morte de Niemeyer, uma notícia importante passou quase desapercebida: depois de um longo processo, a prefeitura divulgou o resultado da licitação pública destinada à seleção dos consórcios responsáveis pela elaboração dos projetos básicos e executivos de três das principais instalações esportivas que ficarão dentro do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca.

Os consórcios envolvem novas parcerias entre escritórios brasileiros e estrangeiros instalados no Brasil. O Centro  de Tênis e o Centro de Esportes Aquáticos serão projetados pelo mesmo grupo: 2016 – Especialistas em Eventos Esportivos. O grupo é encabeçado pela GMP Design e Projetos do Brasil Ltda (escritório sediado na Alemanha, que tem em seu currículo projetos de grande porte como aeroportos, estádios esportivos e estações intermodais em várias cidades da Europa e da China, e no Brasil já desenvolve projetos de estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014: http://pt.gmp-architekten.de/). Também integram o consórcio as empresas SBP do Brasil Projetos Ltda, LUMENS Engenharia Ltda, e Sustentech Desenvolvimento Sustentável Ltda.

O Centro de Tênis terá três ginásios, sete quadras descobertas e seis quadras para treinamento e aquecimento, distribuídos em estruturas permanentes e temporáriasE o Centro de Esportes Aquáticos será uma arena temporária, com capacidade para 18 000 pessoas.

Já o Velódromo - que irá substituir a pista de ciclismo criada para os Jogos Pan-Americanos de 2007, considerada inadequada para atender as exigências olímpicas - será uma instalação permanente, com capacidade para 5 000 espectadores e projeto desenvolvido pelo consórcio Rio Equipamentos Olímpicos, formado pelas empresas ARQHOS-Consultoria e Projetos Ltda; CONEN-Consultoria e Engenharia Ltda; JLA-Casagrande Serviços e Consultoria de Engenharia Ltda; M&T Mayerhofer e Toledo Arquitetura Planejamento e Consultoria Ltda (esta responsável, entre outros projetos, pelo Centro de Convenções da Sul-América, no Rio, e o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília: http://mtarquitetura.com.br)
 
Como se sabe, o Parque Olímpico é considerado o coração dos Jogos de 2016. Fica numa área de 1.180.000 m2 na Barra da Tijuca e será sede da disputa de 15 modalidades olímpicas e 11 paralímpicas. O projeto do Parque foi objeto de concurso público vencido em 2011 pela firma inglesa Aecom, também responsável pelo projeto do Parque Olímpico de Londres, e as obras estão a cargo do consórcio formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez, Carvalho Hosken e Odebrecht.

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Entre / Quatro alunos alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio (Francesco Bosch, Gabriel Kozlowski, Mariana Meneguetti e Valmir Azevedo) se juntaram, há alguns anos, com o propósito de entrevistar arquitetos atuantes na prancheta e fora dela, pelo Brasil. Fizeram eles mesmos as entrevistas, as fotos e o site (www.entre.arq.br) onde disponibilizaram publicamente o material, que agora felizmente ganha reedição em livro. "Entre - entrevistas com arquitetos por estudantes de arquitetura" (Viana & Mosley, 2012), será lançado esta sexta, dia 14, às 19 hs na Livraria da Travessa, no Leblon. O livro contém 13 entrevistas com arquitetos como João Walter Toscano, João Filgueiras (Lelé) Lima, João Pedro Backheuser, Angelo Bucci, Fernando de Mello Franco, Carlos Teixeira, Guilherme Wisnik e eu, e tem prefácio de João Masao Kamita. Num processo tão acelerado como o que estamos vivendo, muita coisa já mudou desde que as entrevistas foram feitas (3 dos organizadores já se formaram, inclusive). Mas os leitores encontrarão no livro uma boa contribuição para o mapeamento da situação contemporânea da arquitetura no Brasil, do ponto de vista de jovens inteligentes e inquietos que não ignoram nem as oportunidades nem os desafios que sua geração tem pela frente.
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Niemeyer / Aqui, o que escrevi pro blog do Instituto Moreira Salles:
 

Posto 12 / dez 12


1 / Oscar Niemeyer, 1907-2012


O texto que escrevi há dois anos diz mais do que posso dizer agora:

"Niemeyer e a modernidade sem crise


Nenhum arquiteto viveu tanto. Mas quem diria que um arquiteto moderno, aos 102 anos, ainda fosse provocar polêmica com dois projetos inaugurados quase simultaneamente: o Auditório de Ravello, na Itália, e a Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte. O primeiro enfrentou oito ações judiciais ao introduzir um descomunal olho de concreto numa cidade de pouco mais de 2 mil habitantes, onde “a última grande construção datava do século XI”, como frisou o sociólogo Domenico di Masi, maior entusiasta da obra. O segundo tem sido interpelado em função do custo da obra, das motivações políticas da encomenda e até da sua eficiência energética. Mas para além disso, pouco tem sido dito a respeito da sua arquitetura.

A Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves localiza-se à beira da Linha Verde, na região norte de Belo Horizonte. A construção do complexo de 265 mil m2 de área construída visou unificar a administração do Estado de Minas e ao mesmo tempo induzir a expansão da cidade em direção ao norte. Mas o empreendimento tem também fortes motivações políticas, é claro. É uma obra indissociável da política carismática de Aécio Neves e de sua ambição política. Não deve surpreender a ninguém, então, que o neto de Tancredo Neves tenha buscado o arquiteto que definiu simultaneamente a imagem de modernidade de Belo Horizonte e de Juscelino Kubitschek com o conjunto da Pampulha e outras obras que marcam a paisagem urbana da capital mineira. E ainda tenha feito questão de inaugurar a obra no mesmo dia em que o ex-presidente Tancredo Neves completaria100 anos.

O conjunto é composto de cinco edificações autônomas e pouco articuladas, do ponto de vista urbanístico, entre si e com o entorno. O que tampouco chega a ser motivo de surpresa, em se tratando de Niemeyer: à semelhança do Memorial da América Latina, por exemplo, o projeto aposta na criação de um foco de atenção, antes que numa conexão mais estreita com o contexto em que se situa. No caso, o edifício de maior apelo imagético abriga o gabinete do Governador e os demais destinam-se às secretarias, auditório e centro de convivência. O Palácio do Governo revela clara filiação a projetos anteriores de Niemeyer, em particular das sedes italianas da Mondadori e do grupo Fata, os quais por sua vez seguem, com alterações e ajustes, a solução da caixa de vidro envolvida por uma seqüência de arcos, iniciada com o Palácio do Itamaraty. Já as secretarias se acomodam em dois edifícios em curva, com 15 pavimentos cada. De certo modo encontra-se aí, portanto, uma espécie de resumo da obra do arquiteto. Dois de seus traços fundamentais, pelo menos, estão presentes: a forma livre e o virtuosismo estrutural. A liberdade concedida à forma se manifesta nas curvas dos dois edifícios administrativos que se rebatem um sobre o outro. Já a exploração extremada da técnica moderna se mostra mais claramente no Palácio do Governo, que, com seus 146 metros de vão livre (mais ou menos o dobro do vão do Museu de Arte de São Paulo), é alardeado como o maior vão suspenso do mundo. Contando, como sempre, com a solidariedade de um grande engenheiro (José Carlos Sussekind), Niemeyer conseguiu realizar uma estrutura que só pode ser medida pela sua ousadia: 30 cabos de aço mantém em suspenso uma caixa de vidro de 4 pavimentos, que pende das vigas superiores.

A solução não é uma novidade em si – embora distinta, a estrutura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, por exemplo, também foi resolvida, na década de 1950, com uma sofisticada solução atirantada que liberou de apoios o solo e os espaços expositivos. Mas nem por isso a última realização de Niemeyer deixa de impressionar por seu vigor. Há, afinal, uma carga de juventude nesse projeto que decerto contribui para a visibilidade da obra, embora também denuncie um dos problemas cruciais para a produção projetual contemporânea no Brasil: de um modo geral, a arquitetura brasileira não viveu a crise do moderno. Na década de 1950, enquanto o pensamento arquitetônico e urbanístico mundial era forçado a confrontar-se com a crise da modernidade, o Brasil construía Brasília. E no momento seguinte, quando a arquitetura começou a ser interrogada à luz da crítica pós-modernista, o Brasil vivia uma ditadura militar que bloqueava qualquer pensamento crítico. Esse quadro começaria a mudar junto com a abertura política, mas então o pós-modernismo acabaria se tornando aqui uma espécie de chave mestra capaz de oferecer saída fácil para um grande impasse: de um lado, a reverência à obra ímpar de Lucio Costa e Oscar Niemeyer, de outro, a constestação própria de uma geração de arquitetos formados no período mais negro da ditadura militar (num processo protagonizado justamente por alguns arquitetos mineiros).

Pode-se então culpar Niemeyer por certo imobilismo da arquitetura no Brasil? Definitivamente, não. Tudo indica que se a arquitetura brasileira permaneceu alheia à crise do moderno, foi porque ficou entre uma prática capitalista predatória e uma reflexão teórica pobre e coercitiva na qual se expressou, desta vez pela via da esquerda, uma tônica populista e autoritária continuamente reeditada no Brasil.

Será um erro contratar Niemeyer hoje? Longe disso. Nenhum arquiteto brasileiro tem visibilidade sequer comparável a sua (basta lembrar a inauguração recente do hospital Sarah Kubitschek, no Rio, largamente anunciada pela imprensa local sem qualquer menção à arquitetura e/ou ao responsável pela excelência do projeto, arquiteto João Filgueiras Lelé Lima). E compreende-se facilmente porque dez entre dez dos maiores arquitetos do mundo todo, quando vêm ao Rio, não só querem conhecer Niemeyer pessoalmente como mostram uma excitação quase infantil ao sair de seu escritório com um autógrafo, uma foto e se possível um croquis (cena que se repetiu, só nos últimos anos, com Zaha Hadid, Frank Gehry, Steven Holl, Christian de Portzamparc, Frei Otto e muitos outros).

No fundo, então, o que impressiona mesmo é a escassez, se não ausência, de cultura arquitetônica no Brasil hoje. E isso, não obstante as qualidades intrínsecas a certa produção contemporânea, dentro da qual podem ser incluídos tanto Lelé quanto Angelo Bucci. Pelo jeito, não bastou a exemplaridade da arquitetura produzida no país nas décadas de 40 e 50, a qual se irradiou a partir do Rio de Janeiro mas não tardou a brotar em Minas Gerais (e não só em Belo Horizonte mas também em Cataguases, Diamantina, Ouro Preto). Tampouco foi suficiente a admirável longevidade dos grandes mestres da arquitetura moderna no Brasil (Lucio Costa, por exemplo, morreu perfeitamente lúcido aos 96 anos).

Longevidade essa que, se confirma a singularidade da arquitetura brasileira, também expõe sua face mais problemática. Diferentemente da França, por exemplo, onde a arquitetura foi forçada a buscar uma nova orientação após o luto pela morte de Le Corbusier, no Brasil a presença atuante dos grandes arquitetos modernos em pleno final do século XX acabou se tornando, para muitos, uma ameaça a qualquer tentativa de emancipação. E ao contrário do que pode sugerir a quantidade de publicações e eventos suscitados pela comemoração recente do centenário de Niemeyer, ainda há uma grande dificuldade de abordar criticamente a sua obra.

Chegamos a um ponto, no entanto, em que é difícil não se perguntar em que medida alguns projetos que tem sido divulgados como sendo de Niemeyer, são de fato seus. No caso do complexo mineiro, o projeto já foi acusado de ter saído das suas gavetas. Não que, por princípio, isso seja condenável em arquitetura (considere-se, por exemplo, as semelhanças entre o Edifício Bacardi e a Galeria Nacional de Berlim, de Mies van der Rohe). Mas é difícil acreditar que, aos 102 anos, Oscar Niemeyer ainda esteja em condições de confiar a gênese da forma ao gestual pelo qual a sua arquitetura se definiu, em seus melhores momentos. Não raro, os traços que temos visto mostram características substancialmente distintas de seu procedimento projetual. E ainda que as maquetes possam ajudar, é difícil acreditar que a esta altura ele esteja disposto a rever sua concepção de arquitetura como atividade de criação individual, definida por meio de um risco fluente e decidido. O que em todo caso faz pensar na simplicidade da gramática niemeyeriana e sua exploração – no limite da saturação, nos últimos tempos - como uma marca facilmente identificável e comercializável.

Todo cuidado é pouco, portanto, para tratar da Cidade Administrativa de Belo Horizonte. O projeto é a prova mais cabal de que Niemeyer não é só o último grande Mestre da arquitetura. Nem só o grande Imortal da arquitetura brasileira. Niemeyer é a juventude espantosa, e às vezes assustadora, do Brasil."

Ana Luiza Nobre

Publicado no caderno “Prosa e Verso” do jornal “O Globo”, em 10.abril.2010
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Estética / Senti um fio de esperança ao ler o editorial de ontem do jornal "O Globo". Mas o foco na estética me pareceu equivocado. As questões envolvidas nas transformações urbanas em causa, afinal, são muitas, e bem mais complexas. E se o apelo ao "bom gosto" pode servir para sensibilizar o grande público, ele não pode se sobrepor a todos os outros aspectos - ambientais, técnicos, sociais, políticos etc  - que se encontram profundamente articulados e imbricados na dinâmica da cidade contemporânea. Reduzir essa multiplicidade ao ponto de vista da estética urbana é retornar a uma discussão típica do século XIX, que é preciso superar para enfrentar a complexidade do processo urbano que estamos vivendo.
Ao mesmo tempo, não acredito que a simples mediação de arquitetos nos processos de aprovação de projetos  urbanos possa oferecer garantia contra os desvarios que tem surgido por aqui. Ou não são de arquitetos, também, muitos desses mesmos desvarios, conforme frequentemente temos visto nas páginas do próprio jornal?
Subscrevo  a conclusão do texto, de qualquer modo: "não se pode deixar que uma solução gere uma infinidade de problemas."

Segue o texto completo:
"Descuido com a estética na cidade do Rio

Não se sabe ao certo o motivo, mas talvez a tamanha exuberância da natureza local faça o carioca, e em especial o poder público, não dedicar o merecido cuidado à estética nas intervenções que faz na cidade.
Mesmo quando governantes agem na direção certa, encontram dificuldades. Caso da regulação da publicidade ao ar livre feita pela prefeitura por meio do decreto Rio Limpo, ainda na dependência de decisão judicial para vigorar em toda a cidade. Há evidentes excessos em outdoors e peças publicitárias em empenas de edifícios, mas nem sempre o óbvio é aceito por todos. Sequer o efeito positivo de regulação semelhante feita em São Paulo convence certos setores.

A conjugação de mar e montanha, em doses majestosas, faz a fama mundial do Rio. Mesmo assim — e até por isso mesmo —, é preciso cuidar para que a poluição publicitária, edificações e projetos mal concebidos não manchem a paisagem.

Outro mau exemplo é o de estações do metrô, em que se destaca a da Praça General Osório, algo como uma carapaça em forma de croissant. Não tem qualquer harmonia com o entorno. Há, ainda, horrendas torres de ventilação de estações, e assim por diante.

O presente caso do píer em Y, incrustado, pela vontade de Docas, na altura da Praça Mauá, dá pistas de por que acontecem estas agressões ao bom-senso arquitetônico e ao bom gosto estético. Situado, nas pranchetas da empresa, ao lado do Píer Mauá, o ancoradouro em Y permite ancorar enormes transatlânticos, de altura de arranha-céus, ao lado do Museu do Amanhã e não muito distante do Museu de Arte do Rio (MAR).
Basta um olhar de especialista para perceber que a composição arquitetônica daquela região, no alto da qual está o tombado Mosteiro de São Bento, será prejudicada pela presença destes supernavios. Mas a máquina burocrática funciona com base em razões próprias. Docas resolveu mudar o local do ancoradouro em Y porque próximo ao Píer Mauá já existe profundidade para o atracamento de grandes navios. Foi uma decisão de engenharia, digamos, sem qualquer consulta a outros técnicos.

Do ponto de vista burocrático, tudo certo, tanto que o projeto recebeu licença ambiental. Se o novo cais faz sombra para uma área-chave do projeto de revitalização do Porto, isto não é problema do burocrata que o aprovou. É assim que (não) funciona a máquina.

Estações, torres de ventilação do metrô que mais parecem seres extraterrenos, o novo píer e tantos outros projetos equivocados que existem no Rio deveriam levar à formulação de um modo multidisciplinar de se fazer e aprovar projetos de impacto na cidade, para sempre prever na sua tramitação a mediação de arquitetos, por meio, até mesmo, de suas entidades representativas.

O Rio passa por um ciclo muito bem-vindo de grandes obras. Não se pode deixar que uma solução gere uma infinidade de problemas."

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Hotéis / Ando mais apreensiva desde que abri o jornal um dia destes e vi esta imagem, de um projeto de Paulo Casé para um hotel da rede Atrium na área portuária. Então vamos demolir a Perimetral para encobrir o Corcovado? Indo atrás de mais informações dei com a lista abaixo, publicada no site skyscrapercity, dos novos hotéis em projeto ou em construção no Rio. Não sei até que ponto a relação está correta e atualizada, mas como o registro em si só já impressiona, reproduzo-o aqui, para quem quiser conferir (as pequenas alterações já feitas são as minhas contribuições, por ora, para a atualização da listagem).

HOTÉIS EM REFORMA
1) Hotel Glória Palace, na Glória, da EBX (de Eike Batista), cm projeto de Paulo Casé;

2) Hotel Windsor Atlântica, em Copacabana. EMPREENDIMENTO PRONTO E FUNCIONANDO com 545 quartos;

3) Hotel Nacional – o hotel projetado por Niemeyer em São Conrado será reaberto sob a bandeira INTERCONTINENTAL. As obras estão previstas para começarem em março de 2012, com início estimado das operações em maio de 2014. O projeto de reforma prevê a diminuição do número original de quartos de 510 para 450 unidades;

4) Transformação pelo grupo Windsor de um prédio residencial em hotel na Av. Nossa Senhora de Copacabana nr 335 que operará sob a denominação WINDSOR COPA. EMPREENDIMENTO PRONTO E FUNCIONANDO com 140 apartamentos;

5) Hotel Paris, situado na Praça Tiradentes com Avenida Passos, vendido para o grupo francês de hotelaria LA SUITE. O hotel será reinaugurado no começo de 2014 com o nome de Le Paris, com 22 quartos, restaurante no andar de baixo e um pequeno clube com bar e piscina no andar de cima. 

6) Hotel na Rua do Riachuelo, com 130 quartos, que será retrofitado a fim de ser convertido em hotel. Projeto do Grupo Performance.

7) Hotel Estadual, com 40 quartos, na esquina da ruas do Resende com Gomes Freire (adquirido por investidores escoceses).

8) Hotel Planalto, na esquina da rua dos Andradas com Marechal Floriano (adquirido por investidores escoceses).

9) Hotel Royal Tulip, nova denominação do hotel Intercontinental Rio. Na reforma há previsão de investimentos da ordem de R$ 25 milhões;

10) Hotel Sofitel Rio. Na reforma há previsão de investimentos no valor total de R$ 30 milhões, compreendendo: remodelação de 50 acomodações; refazimento do centro de convenções, do lobby, da piscina, do restaurante Atlantis e do fitness center and last, but not the least, implantação de um spa com alguma marca francesa. Obras parecem que encontram-se suspensas, em razão do litígio judicial para definição do proprietário do imóvel.

11) Reforma completa do Hotel Windsor Miramar, situado na Avenida Atlântica nº 3668. O hotel vai passar por um upgrade de quatro para cinco estrelas, com aporte de R$ 40 milhões. A reinauguração está prevista para setembro de 2012;

12) Reforma do Hotel Turístico, situado na Ladeira da Glória, nº 30, Glória;

13) Reforma do Hotel Pestana Rio, situado na Av. Atlântica 2964. Na reforma há previsão de investimentos no valor total de R$ 18 milhões, compreendendo mudança de mobiliário, decoração e enxoval, incluindo diferenciais novos televisores de LCD, docks de MP3, aumento das capacidades de internet wireless, substituição dos carpetes por piso anti-alérgico em carpete de madeira e renovação da fachada. REFORMA CONCLUÍDA;

14) Reforma do Hotel Granada, na Avenida Gomes Freire 530. Proprietários adquiriram prédio vizinho para ampliação do hotel. Reforma do prédio vizinho ficou pronta e agora teve início a obra de retrofit do prédio original do hotel.

15) Reforma do casarão situado na rua Monte Alegre, em Santa Tereza, que pertenceu à família do ex-presidente Castello Branco, que está sendo restaurado para reabrir como hotel com 16 quartos. Será administrado pelo mesmo grupo do hotel Solar do Império, em Petrópolis;

16) Reforma completa de todos os apartamentos do prédio principal do hotel Copacabana Palace. O tradicional hotel do Rio reabrirá no dia 12 de dezembro, depois de mais de 5 meses fechado.

17) Reformulação do Hotel Debret, situado na Av. Atlântica, 3564. As obras começam em maio de 2012. A idéia é que o empreendimento vire hotel butique com 109 quartos.

18) Reformulação do Hotel Bragança, situado na Av. Mem de Sá, 117 (ao lado da Sala Cecília Meirelles). A fachada será preservada, e seus 125 quartos renovados. O “novo” hotel será explorado por uma bandeira ainda não definida.

19) Expansão do Hotel Golden Tulip Regente em direção à Av. Nossa Senhora de Copacabana, com construção de prédio novo. EMPREENDIMENTO PRONTO e FUNCIONANDO; 

EM CONSTRUÇÃO

1) Hotel Ibis, com 122 quartos, na Rua Ministro Viveiros de Castro, em Copacabana. EMPREENDIMENTO PRONTO e FUNCIONANDO;

2) Hotel Ibis, com 240 quartos, na rua Professor Álvaro Rodrigues esquina com rua Paulino Fernandes, em Botafogo;

3) Edifício anexo do hotel Windsor Flórida, na esquina da rua do Catete esquina com rua Ferreira Viana, no Catete, que passará de 200 para 400 quartos. Obra deverá ficar pronta até o final de 2012; 

4) Hotel Atlântico Business, na rua Xavier da Silveira nr 112 (próximo do Corpo de Bombeiros), em Copacabana;

5) Ramada Hotel, com 273 apartamentos e centro de convenções, na avenida Salvador Allende 500, na Barra da Tijuca. EMPREENDIMENTO PRONTO e FUNCIONANDO;

6) Hotel Ibis junto ao Shopping Nova América (empreendimento da Construtora RJZ/Cirella):

7) Hotel Ibis Budget, nova denominação da bandeira Formula 1, junto ao Shopping Nova América (empreendimento da construtora RJZ/Cirella);

8) Hotel Mercure, na Av. do Pepê, nr 56, com 10 andares escalonados, para obedecer regras de sombreamento. Projeto do grupo Performance;

9) Um hotel IBIS, na Av. do Pepê, nr 56 e saída para a Avenida Gilberto Amado, com 15 andares. Projeto do grupo Performance;

10) Hotel quatro estrelas Well Sunflower, no Recreio, com 279 quartos;

11) Um hotel Mercure, na Tijuca, com abertura em julho de 2013.

12) Um hotel da bandeira Linx (pertencente ao grupo GJP Hotels & Resorts) junto ao Aeroporto do Galeão, com 162 suites distribuídas por 6 pavimentos. O projeto, de R$ 25 milhões, atenderá tripulantes e passageiros. 

13) Anexo do hotel Copacabana Praia Hotel, na rua Francisco Otaviano. Após a expansão, o hotel passará dos atuais 55 quartos, para um total de 179 quartos. Inauguração da expansão prevista para  dezembro de 2013. 

14) Um hotel da Rede Royal com 13 andares na rua Barata Ribeiro 581.

15) Hotel com 450 quartos a ser construído na Rua Martinho de Mesquita, vizinho ao Hotel Windsor Barra. As obras de construção começam em abril de 2014 e têm prazo de conclusão para 2014.

16) Hotel cinco estrelas com 550 quartos, na Avenida Sernambetiba, que receberá a denominação de WINDSOR OCEÂNICO. Prazo de conclusão das obras 2016;

17) Hotel sem bandeira definida que ocupará parte do edifício REC Sapucaí, ora em construção ao lado do Sambódromo. Conclusão das obras previstas para julho de 2014.

18) Hotel GRAND MERCURE com 13 andares e 312 apartamentos, no interior do complexo do Riocentro. Previsão de término das obras em dezembro de 2013. O total de investimentos previstos é de R$ 160 milhões. 

19) Hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro, com 436 quartos e previsão de inauguração no segundo semestre de 2015 na Praia da Barra da Tijuca, ao lado do Condomínio Summer Drive.

20) Hotel Hilton, com 298 suites, nos parâmetros do Hilton Serenity Collection, linha mais luxuosa da rede, no Centro Metropolitano da Barra. A inauguração do empreendimento está prevista para junho de 2014; 

EM PROJETO E/OU EM ESTUDO

PARA A BARRA DA TIJUCA

1) Hotel Novotel, com 188 quartos, e 11 andares, na Avenida Sernambetiba nr 5.210 (próximo do Golden Green), Barra da Tijuca, Projeto do grupo Performance, será escalonado, para atender à legislação de sombreamento da orla;

2) Hotel Ritz Carlton, em local ainda não definido;

3) Hotel Four Seasons (provavelmente na região da Reserva), na Av. Sernambetiba; 

4) Ampliação do Hotel Ramada situado na avenida Salvador Allende 500, na Barra da Tijuca, mediante a construção de mais uma torre de uso hoteleiro, além da construção de mais uma torre dedicada ao segmento de longa estada, com 100 quartos;[

5) Um hotel IBIS com 255 quartos, na Avenida Embaixador Aberlardo Bueno, ao lado do Pólo de Cinema e Vídeo. Projeto do grupo Host;

6) Um hotel NOVOTEL, com 150 quartos, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno em frente ao Centro Metropolitano. Projeto do grupo Host;

7) Um hotel 5 estrelas, com 300 quartos, nos arredores das instalações dos Jogos de 2016, desenvolvido pela STX Desenvolvimento Imobiliário;

8) Um hotel com 100 quartos e espaço para eventos anexo ao CasaShopping;

9) Um hotel na avenida José Silva de Azevedo Neto nr 200, na entrada da Península;

10) Hotel do novo Centro de Treinamentos da CBF, na Avenida Salvador Allende nr 5500, bem próximo ao futuro Parque Olímpico Cidade do Rock;

11) Hotel Blue Tree, em local ainda não definido;

12) Hotel Sofitel.

13) Um hotel integrado ao shopping center VILLAGE MALL, focando predominantemente em consumidores de alta renda.   

14) Um hotel que se denominará Heritage, a ser construído pela Calper no Recreio dos Bandeirantes, com 279 quartos, seis salas de convenções e três de reuniões. A entrega do empreendimento está prevista para Novembro 2015.

15) Um hotel Encore by Ramada, com 200 apartamentos e centro de convenções, no local da casa de eventos Ribalta ( futuro hotel se denominará Ramada Ribalta). Entre suas principais características, destaca-se a presença de um Centro de Eventos multiuso com capacidade para 5 mil pessoas . A gestão do futuro hotel ficará com a mineira Vert Hotéis.

Observação: Segundo a ABIH-RJ, serão construídos seis hotéis à beira-mar, na Avenida Lúcio Costa. Três deles nos números 5.210, 5.400 e 5.700, nas imediações do Condomínio Golden Green; outro no número 34.087, já perto do Recreio; um outro na Área de Proteção Ambiental (APA) de Marapendi; e um sexto que não teve a sua numeração divulgada. As outras áreas são a Avenida do Pepê 56;.

PARA ARPOADOR E IPANEMA

1) Um hotel boutique administrado pelo grupo espanhol Arena, no terreno de 2.165 metros quadrados onde funcionou o Colégio Isa Prates, ao lado do Parque Garota de Ipanema, no Arpoador.
PARA COPACABANA E LEME
1) Hotel com 170 quartos no terreno onde funciona a Drogaria Popular, na rua Barata Ribeiro, em frente à Praça Cardeal Arcoverde.

2) Hotel da bandeira Accor, com 210 quartos, no terreno onde se situa o Colégio Mallet Soares, situado na Rua Xavier da Silveira, 82, em Copacabana. Projeto da Performance/Odebrecht.

3) Hotel com 66 quartos na Av. Atlântica, no Leme, onde se situava o edifício residencial Erlu. Investidores espanhóis do grupo Arena compraram o prédio por R$ 35 milhões, e pretendem investir outros R$ 35 milhões nas obras de reforma para transformar o local num 5 estrelas que se denominará Arena Leme Hotel. A previsão é de que seja aberto para a Copa de 2014. 

4) Hotel na rua Barata Ribeiro, ao lado do Hotel Bandeirante (Rua Barata Ribeiro 548), no local onde havia a farmácia homeopática De Faria.

5) Hotel Emiliano, na Avenida Atlântica 3804, no local onde até recentemente estava instalado o consulado da Áustria (a casa, que foi projetada pelo arq Julio de Abreu Junior na década de 1920, será demolida).

6) Um hotel de luxo com 12 andares na Avenida Atlântica, no local onde existe o casarão de pedra. O empresário Omar Peres que comprou a mansão em sociedade com o empresário German Efromovich, vai convidar a arquiteta iraquiana Zaha Hadid para o projeto de construção do edifício. O novo hotel se denominará GERMAN-HOTEL

7) Um grande hotel no Leme, no local onde hoje existe um prédio. De acordo com nota do jornalista Ancelmo Gois, o edifício foi adquirido por um grupo inglês. 

PARA A LAGOA
1) Hotel-restaurante-escola com a marca Fasano, no prédio de sete andares, na Av. Epitácio Pessoa, onde um dia funcionou a Faculdade da Cidade.
PARA O JOÁ
1) Resort Txai (seus donos procuram imóvel no Joá);
PARA BOTAFOGO
1) Transformação do prédio residencial da Praia de Botafogo nr 242, atualmente ocupado por diversos consulados, em hotel;
PARA O FLAMENGO E CATETE
1) Hotel Marriott no atual prédio residencial do Clube de Regatas do Flamengo, na Av. Rui Barbosa nr 170. De acordo com notícias divulgadas pela imprensa, o novo hotel do bilionário Eike Batista terá 454 quartos, áreas de lazer, lojas, restaurantes, piscina, salas de reunião e andares de garagem e será cinco estrelas. A transformação de uso do tradicional edifício da Av. Rui Barbosa foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do Flamengo, em 9 de Janeiro de 2012. A previsão é que o hotel esteja pronto até as Olimpíadas de 2016. 

2) Hotel IBIS, com 100 quartos, em endereço ainda não informado. Projeto do Grupo Performance.
PARA O CENTRO E A ZONA PORTUÁRIA
1) Hotel Hyatt Place (quatro-estrelas) na zona portuária;

2) Um hotel de no mínimo 4 estrelas no antigo edifício administrativo da Varig, próximo ao aeroporto Santos Dumont, com 217 quartos, todos com vista para a Baía de Guanabara. A licitação para exploração do futuro hotel deverá ocorrer ainda no mês de outubro/2012, a fim de que o empreendimento possa ser inaugurado antes da Copa do Mundo de 2014; 

3) Um hotel Sonesta, de turismo de negócios (o Sonesta poderá se localizar na Zona Portuária ou na Zona Sul).

4) Renovação do hotel Cruzeiro de Tefé por parte de rede francesa de hotéis boutique;

5) Um hotel na Praça Mauá a ser adquirido por uma rede francesa de hotéis boutique;

6) Um hotel cinco estrelas, 150 metros de altura, 45 andares, e 500 quartos, integrado a um Centro de Convenções a ser construído na Zona Portuária, dentro Pacote Olímpico;

7) Um hotel da rede Pullman, com 150 quartos, na Avenida Cidade de Lima, na Zona Portuária.

8) Um hotel Novotel, com 250 quartos, na rua Equador, na Zona Portuária, dentro do empreendimento PORTO ATLÂNTICO, a ser construído pela Odebrecht Realizações e a Performance

9) Um hotel Íbis, com 350 quartos, na rua Equador, na Zona Portuária, dentro do empreendimento PORTO ATLÂNTICO, a ser construído pela Odebrecht Realizações e a Performance

10) Um hotel econômico com cerca de 200 quartos. O projeto do grupo BHG, prevê inversões entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões para o empreendimento.

11) 2 (dois) hoteis, cada um deles com 500 quartos, mais um centro de convenções, a serem construídos em um terreno atualmente ocupado pela usina de asfalto da prefeitura. O gabarito máximo nesta área chega a 50 pavimentos. O compromisso é que todos os dois hoteis estejam prontos até dezembro de 2015, oito meses antes dos Jogos Olímpicos de 2016.

12) Um hotel Bristol Easy (bandeira supereconomica da rede Allia Hotels), com 110 apartamentos, na região da Lapa (a abertura do Bristol Easy Lapa está programada para acontecer em abril de 2014.)

13) Conversão para hostel butique do casarão situado na rua do Lavradio com Mem de Sá, na Lapa. O imóvel foi comprado pelo arquiteto Hélio Pelegrino e seu sócio Antônio Rodrigues, do Belmonte. Os 30 quartos vão ser feitos de contêineres, num projeto sustentável. 

14) Um hotel 5 estrelas, com 254 suites, da rede portuguesa de hotelaria e turismo Vila Galé, na Rua do Riachuelo, na Lapa. O investimento estimado será de 80 milhões de reais e o empreendimento contará com com 289 quartos, sendo 23 suítes, dois restaurantes, sete salas de convenções e um SPA. A inauguração está prevista para 2014.

15) Um hotel da rede Atrium, projetado pelo arquiteto Paulo Casé. O hotel ficará num edifício que terá 25 andares, sendo que as unidades hoteleiras ficarão nos últimos nove pavimentos. 

EM LOCAL AINDA INDEFINIDO
1) Hotel-boutique da grife Andaz (uma das marcas do grupo Hyatt), em local ainda não definido;

2) Um hotel Rooms, primeiro hotel supereconômico da rede SuperClubs no Brasil.

3) Um hotel Blue Tree na Zona Sul.

4) Um hotel Hotel Índigo da rede IHG

5) Um hotel Innside by Meliá;

6) Um hotel cinco estrelas Meliá

7) Um hotel Iberostar;

9) Um hotel W na zona sul; 

10) Um hotel Trump;

11) Um hotel St. Regis. 



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Metrô / Domingo, dia 25, tem visita guiada aberta ao público ao canteiro de obras da Linha 4 do metrô (Barra/Gávea). A visita está agendada para as 10 horas, e o ponto de encontro será na Av. Niemeyer, lote 13/14 (em frente ao Supermarket, em São Conrado), às 9:45. Mas é preciso se cadastrar antes junto à Central de Atendimento do Consórcio Construtor Rio Barra. telefone: (21) 3389-2100, e-mail: visitaguiada@ccrblinha4.com.br
 

 
 
4



Esta quinta, às 19 hs, na PUC: palestra da arquiteta Francine Houben, sócia-fundadora do escritório Mecanoo, sediado na Holanda. 

3
++ Foster / Foster está projetando uma quadra na rua Oscar Freire, em São Paulo. Foster está trabalhando no projeto de regeneração de uma área de 20.000 m2 em São Paulo.  Foster está projetando um hotel em Paraty. Foster assinou contrato para projetar um empreendimento da construtora Calper, em algum lugar entre a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, no Rio. Foster vai projetar o mobiliário urbano da área portuária, no Rio. Foster está abrindo escritório em São Paulo. As notícias vem de fontes variadas, e confirmam o que até pouco tempo atrás era impensável.
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+ Foster / Aí está o terreno do projeto de Norman Foster para a Tishman Speyer. Fica entre a Perimetral e a Cidade do Samba, no antigo Pátio da Marítima, em Santo Cristo. O terreno de cerca de 24000 m2 é estreito (cerca de 50 m), mas tem uma frente de quase 350 m para a av Rodrigues Alves - ou seja, para a Baía de Guanabara, hoje encoberta pela Perimetral (já em demolição) e os armazéns. No outro sentido, a paisagem é marcada pelo perfil das montanhas e o Corcovado, ao fundo.

O terreno é um dos três terrenos localizados na área portuária que foram considerados prioritários do ponto de vista da operação urbana em curso na região. Os três pertenciam à União e foram comprados pela prefeitura em 2011. O terreno em questão foi vendido em seguida ao Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha (FIIPM), administrado pela Caixa Econômica Federal, que arrematou em lote único todos os Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), negociados pela prefeitura por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp).

Os outros dois terrenos (Praia Formosa e Usina do Asfalto) compõem a área do Porto Olímpico, que foi objeto de concurso público vencido também em 2011 pela equipe do arquiteto João Pedro Backheuser e teve resultado anulado em seguida, em função de ação civil pública encaminhada ao Poder judiciário pelo Ministério Público estadual.

Posto 11 / nov 12


Foster / 


 









As primeiras notícias saíram há um ano atrás:


"TORRES COMERCIAIS DE ALTO LUXO À VISTA NO PORTO DO RIO

O Porto do Rio vai ganhar torres comerciais de nível ‘triple A’ — empreendimento de luxo de padrão internacional —, raro na cidade. Nesta segunda-feira, a Caixa Econômica Federal fechou acordo com a multinacional Tishman Speyer para a construção. A empresa de investimento de fundo imobiliário é conhecida por grandes obras, como o Rockefeller Center e o Hearst Tower, em Nova York (EUA). “Serão escritórios de alto padrão. Ainda não definimos o início das obras, mas há expectativa para as Olimpíadas”, afirmou o presidente da Tishman Speyer no Brasil, Daniel Cherman.

Na Zona Portuária do Rio, também deverão ser erguidas pelo menos mais três torres, planejadas pelo estado, sobre a Rodoviária Novo Rio.

No seleto grupo de arquitetos da Tishman Speyer, está o inglês Norman Foster, que assina o Parlamento alemão e o Aeroporto Internacional de Pequim, na China. Para o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, Jorge Arraes, a negociação com a Tishman Speyer foi um marco: “A empresa é internacional e com capacidade de investimento. Vai ancorar e atrair outros empreendimentos”.


Para construir no Porto, a multinacional comprou da Caixa Econômica Certificados de Potencial Adicional (Cepacs), que dão direito de novas construções na região. Não foram informados valores e a área negociada.

O Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, da Caixa, detinha todos os 6,4 milhões Cepacs arrematados da prefeitura em um só lote por R$ 3,5 bilhões. A expectativa é a CEF repasse R$ 8 bilhões à Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto, ao longo de 15 anos, para financiar obras na região." (O Dia, 13/12/2011)
De lá pra cá, Foster circulou pelo Brasil pilotando seu próprio avião, e foi recebido inclusive no Palácio do Alvorada, em Brasília. (http://blog.planalto.gov.br/fontes-de-inspiracao-norman-foster-visita-planalto-e-alvorada-essencias-de-requinte-e-sofisticacao/) Recentemente, seu sócio Mouzhan Majidi anunciou interesse em abrir escritório em S.Paulo (http://www.architectsjournal.co.uk/news/daily-news/foster-sets-up-in-sao-paulo-as-brits-win-brazilian-work/8636497.article). Até que ontem, finalmente, foi divulgada a primeira (e até agora única) imagem do seu projeto para a área portuária do Rio. Aguardemos por mais.