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+ Bienal / "Cidade: modos de fazer, modos de usar" é o tema da X Bienal de Arquitetura de São Paulo, que acontece em out/nov deste ano, organizada pelo IAB-SP. A proposta desta edição é discutir práticas urbanas contemporâneas, sem se limitar a projetos arquitetônicos-urbanísticos mas incluindo também práticas artísticas-culturais, experiências, obras e situações capazes de provocar um pensamento renovado sobre a cidade. Daí porque, em vez de se encerrar nos limites de um único edifício isolado num parque, esta Bienal se estrutura em rede, conectando pontos distintos da cidade de São Paulo através do metrô: Centro Cultural São Paulo, MASP, Maria Antonia, Teatro Oficina, Parque D. Pedro, Fábricas de Cultura... É um desafio e tanto. Mas ninguém tem dúvida da necessidade de combater  o esgotamento do modelo de Bienal que veio se arrastando nos últimos tempos, com exposições exaustivas e desarticuladas e premiações sem critério que já não faziam mais que conferir prestígio ilusório a alguns arquitetos. Por outro lado, há um entendimento geral da premência de acionar e ao mesmo tempo encontrar o lugar da arquitetura numa discussão mais ampla sobre a cidade, num momento de crise da própria cidade e da disciplina do urbanismo e em face dos acelerados processos de transformação urbana em curso em várias cidades brasileiras.
No momento, estamos construindo uma boa discussão entre os curadores - Guilherme Wisnik, Ligia Nobre e eu - com o apoio incansável de José Armenio, presidente do IAB-SP, e vários interlocutores que tem se envolvido de uma maneira ou outra no processo. E entre tantas questões que nos fazemos, como não poderia deixar de ser, está como abordar o Rio hoje. 

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