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Pelo fim da adolescência / Enquanto procuro entender o que é a ponte estaiada que o metrô quer construir na Barra (sim, mais esta), recebo o texto abaixo do arquiteto Washington Fajardo, que é subsecretário municipal de Patrimônio Cultural, Arquitetura e Design:


"manifesto pelo fim da adolescência na arquitetura ou pela calma

acredito na arquitetura.
acredito piamente na contribuição da arquitetura e dos arquitetos para com a paisagem natural.
acredito na engenharia e na técnica.
acredito que a instalação de elementos marcantes na paisagem podem ser decisivos na regeneração de contextos degradados ou depreciados. ou trazer adensamentos oportunos e revitalizadores.
acredito que elementos verticais na paisagem não são incompatíveis a priori com contextos históricos e ou naturais. podendo trazer boas soluções.
acredito no design.
mas quem tem pedra da gávea não precisa de ponte estaiada.
o que quer o metro com tais elementos? ponte treliçada, passarela metálica, ponte estaiada...
há algum complexo de inferioridade infra-estrutural?
seria o metrô um adolescente rebelde pela paisagem carioca?
calma...
precisar não precisa."

Guardadas as diferenças, o manifesto me faz lembrar a resposta de Lucio Costa ao ser indagado sobre o obelisco então recém-instalado por Paulo Casé em Ipanema: "E precisa?"

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