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Alguém não entendeu, então serei mais explícita: sinto-me agredida ao ver que uma das 3 imagens escolhidas pelas Nações Unidas para apresentar internacionalmente a minha cidade é baseada em forte apelo sexual. Que o Rio é destino de turismo sexual há muito tempo, todos sabemos. Que as índias (ou mulatas, não importa) são o que mais desperta o interesse estrangeiro por aqui desde Caminha, também. Ainda assim, não posso aceitar que uma metrópole como o Rio de Janeiro, que se encontra tão fraturada e se debate cotidianamente com tantos problemas seríssimos, seja resumida a uma foto de mulheres de biquini pelos promotores de um congresso internacional de objetivo supostamente científico, que visa justamente a construção de uma cidade contemporânea indivisa. Para mim, a foto / o fato é um sinal gravíssimo do quanto ainda falta para que o Rio venha a ser (se é que algum dia virá a ser) uma cidade inteira. Pode ser que haja algo de ingênuo na minha indignação, mas eu protesto vivamente: como arquiteta, urbanista, carioca, mulher, o escambau.

Um comentário:

  1. A imagem já é ruim, mas ainda se fosse do carnaval daríamos um desconto , mas pior ainda é uma imagem de um daqueles espetáculos para turistas.
    Hoje no bobo tem uma matéria sobre os transportes "públicos" (????) no Rio de Janeiro. Abaixo 11 razões porque não mais investir em ônibus:

    1) o transporte público virou privado
    2) durante anos lucraram e nada fizeram
    3) poluem sonoramente a cidade
    4) poluem o ar da cidade
    5) seus veículos são feitos de chacis de caminhões (só no Brasil isso) com altura praticamente impossível para um idoso ter acesso
    6) nunca cumpriram horários
    7) seus motoristas não obedecem regras mínimas
    8) atravancam o trânsito pois fazem trajetos que cortam a cidade quando deveriam servir de transporte de bairro e não entre 20 bairros.
    9) Os serviços oferecidos por estas empresas são tão ruins que fez surgir um novo tipo de transporte privado no espaço público : as vans
    10) A passagem quando paga permite acesso a apenas uma linha
    11) Os ônibus transformaram as ruas urbanas em trilhas esburacadas

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