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Porto: e agora? / Centenas de arquitetos brasileiros - e vários estrangeiros, associados a equipes locais - investiram enorme quantidade de trabalho e dinheiro no concurso para as instalações olímpicas no Porto, o primeiro concurso público para a área portuária do Rio, e também o primeiro relacionado aos grandes eventos esportivos que a cidade sediará nos próximos anos.

O anúncio do concurso representou uma grande vitória para o IAB, que conseguiu, num diálogo nada fácil com a prefeitura, fazer convergir dois projetos antes tratados totalmente em separado: o Porto Maravilha e as Olimpíadas de 2016. E ainda garantiu a realização de um concurso público nacional, numa escala nunca vista antes no Rio.

A enorme expectativa, no entanto, deu lugar à perplexidade geral que só vem aumentando nos últimos 15 dias, diante da decisão da prefeitura de suspender, sine die, a divulgação do resultado do concurso (na véspera da data prevista) e dos informes lacônicos do IAB que se seguiram. O ponto a que chegamos mostra, mais uma vez, um desrespeito enorme não só para com aqueles que participaram do concurso, mas também com a profissão, o IAB e a própria cidade. Afirma-se que o resultado foi definido dentro do prazo e a ata está pronta e assinada pelos membros do júri desde então. O que falta, então, para a divulgação? Será que o resultado só será conhecido depois que algum dos concorrentes entrar com um mandado de segurança contra o poder público?

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