3
Cidade "Cocriativa" /
Não posso perder o jornal Em Pauta de hoje (Globonews, 20:30), que vai receber o designer Fred Gelli, sócio da Tátil Design, agência criadora da marca dos Jogos Olímpicos no Rio. A marca - três figuras humanas ligadas por mãos e pés, numa espécie de ciranda que evoca as curvas do Pão de Açúcar - foi escolhida a partir de concorrência da qual participaram 139 agências de design e publicidade do Brasil todo.

A marca foi apresentada publicamente na festa de Reveillon em Copacabana, e salvo engano, ainda não foi objeto de uma análise mais séria, como mereceu o símbolo da Copa de 2014 (ver a crítica do designer João de Souza Leite: http://adg.org.br/blog/blog/copa-do-mundo-2014-oportunidade-desperdicada/).

Por ora, houve, no máximo, quem lembrasse "A Dança", de Matisse, e até uma matéria na Bandeirantes insinuando plágio, por conta da semelhança com a marca de uma ONG americana. Não vai tardar para aparecer uma referência à "Unidade Tripartida" de Max Bill, penso comigo, já meio aflita.

Então vou procurar o site da Tátil (http://www.tatil.com.br), e fico sabendo que a empresa é "uma consultoria de estratégia, construção e gestão de marcas que usa o design e o branding para criar conexões sustentáveis entre pessoas e marcas".

Mas deixa pra lá, vamos ao texto sobre a marca. Assim é descrito o seu processo criativo:
"INVESTIGAÇÃO, BRAINSTORMS, COCRIAÇÃO.
Foi esse pensamento que nos guiou ao longo de todo o processo criativo.
Reunimos uma equipe multidisciplinar no Rio e em São Paulo.
Investigamos o universo da marca e suas edições anteriores, outras competições e eventos internacionais.
Fomos entender as estruturas latentes por trás de Paixão, Transformação e Carioca.
Criamos planetas Rio 2016 e polinizamos cada um deles com muitas referências, conceitos, tendências, artigos.
Fizemos brainstormings para descobrir sua essência, seu propósito e como criar expressões e experiências relevantes.
Mais de 100 pessoas participaram do processo, entre estrategistas, designers e redatores.
As melhores referências eram trocadas e trabalhadas de forma coletiva.
A marca final foi a mais cocriativa."

E agora, o que dizer?

Nenhum comentário:

Postar um comentário