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Perimetral / Já estive em Porto Alegre outras vezes, mas nunca junto ao rio. Eu o via de longe, ao fundo de uma ladeira, e só. Mas desta vez parti a pé a caminho do Museu Iberê, passei pelo edifício Santa Cruz e cheguei sem pressa à Usina do Gasômetro. Então alcançei o rio. Ele estava ali, do outro lado da avenida, esperando por mim há anos. Mas antes de ir ter com ele parei na praça, sob uma estrutura meio esquecida.

O viaduto bem podia ter sido demolido, mas por algum motivo ficou ali, interrompido no ar. Alguém pensou em deixar também o trem sobre os trilhos (o que me pareceu desnecessário). E vieram os pichadores, claro.

Logo lembrei da Perimetral, no Rio. Ela está condenada à demolição, e de certo modo justamente: é uma estrutura hostil, que se tornou símbolo dos danos causados à cidade pela febre viária dos anos 50. Mas um grupo da UFRJ estudou uma alternativa à demolição, que será apresentada amanhã (quinta), às 19 hs, no IAB. E quem sabe surja então um lugar para o esquecimento.

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