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Sempre Niemeyer / Tive um problema qualquer aqui no gerenciamento do blog e só agora vi os últimos comentários postados! Pois agora eles estão aí. Em breve, também o do Roberto Segre (se ele me autorizar, claro).

4 comentários:

  1. Engraçado. Ao contrário dos outros comentários, o texto não me pareceu uma ode ao Niemeyer. Muito pelo contrário. Acho que vc conseguiu fazer uma crítica diferente das que ouvimos usualmente (justamente que os edifícios dele não seguem as "leis" do conforto ambiental e da inserção urbana etc.). Vc expôs a obra do Niemeyer e, sem desmerecê-la, apontou que sua presença atuante ainda hoje é um dos indícios de que, no Brasil, não houve a crise da modernidade. E claro que ele não é responsável por isso. Nem sua presença. Creio ser esse o caráter do texto: uma arquitetura (a niemeyeriana) que não foi capaz de repensar a si mesma. Fico aqui escolhendo as palavras - para reconhecer que, de fato, é muito difícil criticar a obra dele. E quem acha fácil, não sei não...

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  2. Olá Ana Luiza,
    Parabéns pelo blog. Sempre o acompanho sem postar comentários, mas dessa vez não resisti.
    Lamento que colegas interpretem seu texto como uma "ode a Niemeyer". E se fosse uma ode? Qual seria o problema?
    Sabes que essa crítica toda é ao moderno.
    No fim, seu texto parece apenas reafirmar aquela "condenação" profetizada por Mario Pedrosa, que, creio, deveria ser um orgulho, mas para alguns é vergonha.
    Certamente, se fossem de tijolo aparente e telhado, as arquiteturas de Brasília e do Centro Administrativo de BH seriam muito mais "acolhedoras e confortáveis", que pena.
    Sabes também que com as efemérides do centenário de Niemeyer e do cinquentenário de Brasília, somos condicionados a responder as perguntas de sempre como a famosa "afinal, qual a importância de Niemeyer para a arquitetura moderna brasileira?" Talvez estejam perguntando para as pessoas erradas...
    grande abraço
    Rodrigo Queiroz
    P.S.: em breve mando um comentário mais estruturado.

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  3. Oi Ana, parabéns pelo blog. Aqui em Porto alegre estou iniciando um blog com uma proposta parecida com a tua. Minha intenção é apresentar a arquitetura e o urbanismo da cidade, e sua cena cultural. Quanto a tua "ode", não vou tecer comentários, pois o "mestre" dispensa comentários. Vou contar uma histórinha da nossa terra. os porto-alegrenses são como carangueijos em uma cesta, quando um quer subir, o resto puxa para baixo.
    Abraços, arquiteto Paulo Bettanin do urbanascidadespoa.blogspot.com.

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  4. Olá Ana Luiza,

    Primeiro de tudo, parabéns pelo blog, que acompanho com interesse (embora nunca tenha me manifestado).

    Eu também não li o texto como uma ode ao Niemeyer, embora possa ver como não é difícil entendê-lo dessa forma. Para mim ficou claro que a 'juventude espantosa' do Brasil que Niemeyer encarnaria é profundamente contraditória.

    Mas há um ponto do seu argumento que me parece mais complicado. Quando você diz:

    "Será um erro contratar Niemeyer hoje? Também não. Nenhum arquiteto brasileiro tem visibilidade sequer comparável à sua [...]). E compreende-se facilmente porque os maiores arquitetos do mundo todo, quando vêm ao Rio, não só querem conhecer Niemeyer pessoalmente como mostram uma excitação quase infantil ao deixar seu escritório com um autógrafo, uma foto e se possível um croqui [...]."

    Não creio que esse racional autorize por si só a contratação. Ainda mais em se tratando de obras públicas: não seria desejável que o estado apostasse numa arquitetura que propusesse uma imagem nova e renovada? Não é lamentável que governantes (e você bem apontou o projeto personalista do Aécio) prefiram apoiar-se numa visualidade arquitetônica fácil? Não é um indício de uma falta de projeto (tanto no sentido político quanto no arquitetônica)? Não é, por fim, uma aposta política no mito?

    Eu diria que o Niemeyer é nesse sentido um erro, sim, mas um erro seguro para os que o contratam. Bem ao contrário do que ele talvez fosse na época do Juscelino.

    Abraços,
    Sergio Martins

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