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Pena, o Segre - professor da FAU-UFRJ - não autorizou a publicação do comentário que enviou para o meu email pessoal. Disse que já está "bastante queimado com Niemeyer" e não tem interesse em entrar no debate.

Um comentário:

  1. Roberto Anderson Magalhaes17/4/10 00:20

    Queria trazer um pequeno caso que ajuda a ilustrar um pouco mais o personagem. Certa vez acompanhei o arquiteto Jorge Czajkowski ao escritório de Oscar Niemeyer. O então Vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Luis Paulo Conde, desejava construir uma nova sede para o Museu Carmen Miranda e havia tido a mesma idéia que diversos outros governantes têm: convidar Oscar Niemeyer, uma vez que seu notório saber e sua figura ímpar dispensavam, no modo de pensar dos políticos, uma licitação. O prédio seria construído em um terreno na Lapa, onde uma série de normas limitavam o gabarito da futura edificação e as próprias dimensões do terreno a definiam como algo similar a um cubo. Niemeyer nos recebeu com a sua propalada cordialidade, nos contou sobre seu recente interesse pela filosofia e sobre o grupo de estudos que vinha organizando em seu escritório. Ao final, disse candidamente que o Governo do Estado, por favor, escolhesse outro arquiteto, já que ele não sabia projetar com aquelas limitações. Lembrei-me da Obra do Berço e pensei em toda uma carreira que existiu após aquela obra.

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