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High Line /
Muitos cariocas estão se perguntando quem são, afinal, os autores do projeto vencedor do concurso do MIS. Estão aí, então, algumas imagens do High Line, parque público inaugurado há poucas semanas no West Side de Manhattan, que é também uma das realizações mais recentes do escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro.

Na verdade, neste projeto Elizabeth Diller, Ricardo Scofidio e Charles Renfro trabalharam em parceria com uma equipe conduzida por James Corner, landscape architect nascido em Manchester e que tem se destacado por atuar na revitalização de áreas industriais deterioradas, projetando parques que reinventam a paisagem da cidade pós-industrial (como o Fresh Kills Park, em Staten Island, também em vias de ser inaugurado).

Mas o High Line tem ainda uma característica especial: o projeto é conseqüência de uma longa mobilização comunitária em defesa de uma antiga via férrea elevada, construída na década de 1930 e desativada há cerca de 20 anos, que esteve para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários.

Em 1999, moradores da região criaram uma associação (Friends of the High Line), dedicada a lutar pela preservação da via elevada e sua transformação em espaço público. Cinco anos depois foi realizado um concurso (disputado por Steven Holl e Zaha Hadid, entre outros), do qual resultou este belo parque suspenso, com cerca de 2 km de extensão, que hoje nos permite pairar sobre o Chelsea, tendo o rio Hudson de um lado e os galpões marrom-avermelhados do Meatpacking District, de outro.

Apenas o primeiro trecho (entre a Gansevoort Street e a West 20th Street) está aberto ao público. É o bastante, porém, para que experimentemos esta paisagem incomunicável, da qual participam o rio, as ruas, as flores, os trilhos. Além de alguns túneis, dentro dos quais podemos cruzar, de repente, com um trabalho como o de Spencer Finch, inspirado nas águas do Hudson (The River that flows both ways).








Um comentário:

  1. É um projeto bastante feliz, eu acho. Uma pena que quando fui ano passado não estava aberto. Caminhando por Chelsea e vendo a Highline de baixo, fiquei imaginando como seria caminhar ali por cima, atravessando prédios por outro nível, olhando o rio e a rua, isso sem falar nos jardins.

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