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Urban Age Award /  O prestigioso premio deveria ter sido anunciado em outubro, na conferencia do Urban Age organizada pela London School of Economics e a Deutsche Bank Alfred Herrhausen Society e realizada este ano aqui no Rio. Em cima da hora, o anuncio foi adiado, sem maiores explicações. No almoço, servido nos jardins do Itamaraty, ouvi dizer que o motivo teria sido a recusa do prefeito em entregar o premio, outorgado ao Plano Popular da Vila Autodromo, realizado em conjunto por moradores da comunidade e duas instituições acadêmicas (IPPUR/UFRJ e UFF). Não acreditei. O júri teria sido audacioso a ponto de coroar uma longa luta de moradores de área contígua ao ex-autódromo e hoje Parque Olímpico da Barra, que tem resistido à pressão crescente da prefeitura pela sua remoção (e transferência para um conjunto do "Minha casa, Minha vida" construído a alguns quilômetros dali) e segue ocupando um terreno precioso à beira da lagoa,  em processo de alta valorização imobiliária em função das obras olímpicas na região?
Dois meses depois, a cerimonia foi enfim realizada, há duas semanas, na sede do IAB (sem a presença do prefeito), e os prêmios distribuidos: 80 mil dólares para a Vila Autodromo, 20 para o Pontilhão Cultural (evento que se realiza num viaduto sob a Linha Amarela, junto à Maré). O premio - que está na sua sexta edição, e foi criado para encorajar iniciativas que melhoram a qualidade de vida em ambientes urbanos - recebeu neste ano 170 candidaturas da região metropolitana do Rio de Janeiro. O resultado foi noticiado imediatamente no jornal francês Le Monde. Mas por aqui, silêncio. 




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