Posto 12 / dez 10



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Vazio / Nem todo vazio é vago. Nem todo vazio é ocioso. Nem todo vazio é para ser preenchido.
Esta lição - primária - de arquitetura vale uma visita ao Palácio Gustavo Capanema estes dias.
Enquanto o vazio do térreo foi grosseiramente obstruído por uma tenda da "Brasilidade" (!?), o do mezanino, com suas colunas soltas, foi trabalhado com enorme delicadeza por Eduardo Coimbra.
Ambos são estruturas provisórias.
A primeira entulha o vazio mais caro à arquitetura brasileira - sim, o pilotis do MEC - com uma barraca que poderia estar em qualquer lugar, menos ali.
Já a segunda é invisível mesmo para muitos arquitetos que circulam pelo edifício esta semana. Eu mesma só a encontrei depois de dar mil voltas, quem diria.



2 comentários:

  1. nossa, que tendinha horrorosa!!!!

    mas se eu falo que o vazio não é pra ser ocupado pra algum dono de construtora... ele vai rir na minha cara!!!

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  2. João Pegorim2/12/10 11:51

    Pois é... estas "estruturas provisórias" são uma verdadeira praga! Vide: Museu Histórico Nacional, Copacabana Palace,MAM, etc... Aliás, no MAM fomos criticados pela curadoria a respeito da montagem de uma exposição que fizemos no hall (cujo projeto foi aprovado pelo proprio corpo tecnico do museu), sob alegação que "interferia demais com a arquitetura", pois estava muito próxima da escada... Veja você! E aquela favela toda nos terraços não interferem, só porque pagam pelo espaço!! Estamos fritos!! ALÔ IPHAN!!!

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