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N' O Globo de hoje, segue a polêmica sobre a torre de 44 pavimentos que põe em xeque o Corredor Cultural, no centro da cidade. O edifício está previsto para ocupar um terreno atrás da Fundição Progresso e a 200 m dos Arcos da Lapa, cuja estrutura tem cerca de 18 m de altura e data do séc. XVIII.

A alteração na legislação do Corredor Cultural (onde o gabarito era de até 6 pavimentos) foi feita sem audiência pública. Mas, segundo o jornal, o Secretário de Urbanismo argumenta
que "não há necessidade de audiências públicas a cada prédio construído na cidade". Já o prefeito se recusa a falar sobre o assunto. E o superintendente do IPHAN, Carlos Fernando de Andrade, diz que a proposta não é tão ruim assim, em função de modificações sugeridas por ele mesmo. Augusto Ivan (ex-secretário de Urbanismo e criador do Corredor Cultural) discorda, e afirma que o edifício, se construído, irá prejudicar a visão e a escala dos Arcos.

E o IAB-RJ, o que diz? Nada, por enquanto. A única notícia a respeito é a de que foi criada uma comissão para apresentar um parecer sobre o assunto, cujo resultado deve sair em 15 dias.

A mim, sinceramente, isso parece um prazo incompatível com a celeridade que vem conduzindo (e justificando) todas as ações da Prefeitura carioca.
Mas quem sabe surta algum efeito participar da pesquisa lançada na edição digital do jornal e respondida até agora por 676 pessoas:

Pergunta: Você acha que um espigão pode descaracterizar a paisagem da Lapa?

- Sim, porque o prédio não se encaixa no perfil boêmio da região: 39.20%
- Sim, porque vai prejudicar a visão dos Arcos: 24.85%
- Não, porque a construção irá trazer melhorias à área: 30.03%
- Não, porque a identidade de um lugar não depende de seus prédios: 5,92%


A propósito, de quem será o projeto desta vez? Se eu fosse fazer uma enquete, esta seria a pergunta. E as respostas possíveis:
- Sergio Dias
- Paulo Casé
- SOM/ Skidmore, Owings & Merrill
- Vitor Wanderley

Um comentário:

  1. A polêmica envolvendo a construção do predio da eletrobras em area do corredor cultural do centro rio de janeiro evidencia tres importantes questões em curso na cidade: 1_ o projeto para a revitalizaçao portuaria foi abandonado pela prefeitura antes mesmo de começar; 2_ o atual secretario de urbanismo, sergio dias (indicado por sergio cabral), não possui entendimento sobre desenvolvimento urbano e sim especulativo (o PEU de Vargens é outro exemplo); 3_ os orgaõs de patrimônio da cidade seguem uma agenda politica e retroativa ao invés de técnica e proativa.

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