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Foi um final de semana doloroso, em que a euforia olímpica se viu forçada a confrontar-se com o luto coletivo provocado pela violência e pela ignorância. Mas o debate de ontem na PUC deu novo fôlego à discussão sobre a cidade, e de certo modo contribuiu para espantar a depressão que assola o urbanismo carioca, como tem dito Helia Nacif. De novo, um auditório lotado abrigou mais de 4 horas ininterruptas de discussão, encerradas mais por conta do horário do que por falta de ânimo.

Muitas questões foram levantadas: Por que os projetos da área portuária estão sendo votados antes - e à revelia - do Plano Diretor? Por que os arquitetos, e a sociedade civil como um todo, mal tem sido ouvidos? Por que a Prefeitura não apresentou ainda um plano de massas da área portuária? Por que o Rio não é capaz de aprender com os erros e acertos das experiências já realizadas noutras cidades brasileiras, com relação às Operações Urbanas Consorciadas? A localização das Olimpíadas pode ou não ser mudada? O Rio deve aceitar o argumento - supostamente definido pelo COI - de que o projeto aprovado não pode ser alterado, mesmo que em benefício da cidade? O Rio é uma cidade monocêntrica ou policêntrica? Qual o papel de cada um de nós nesse processo?

Só é lamentável que em meio a um público tão amplo (arquitetos, urbanistas, sociólogos, políticos, historiadores, artistas plásticos, professores e estudantes), não houvesse nenhum representante da Secretaria de Urbanismo. Nem do IAB.

Em breve a cobertura do evento estará no site do IUPERJ. E já há um comentário abaixo, da Helia Nacif.

3 comentários:

  1. É digna de parabens a iniciativa da profª Ana Luiza Nobre em levar ao debate na PUC RIO diversos aspectos e atores envolvidos com o o PROJETO PORTO MARAVILHA. Faz cumprir assim o papel da universidade de estar sintonizada com a realidade não só urbanistica - papel no qual os arquitetos tem importante função - como também de fazer valer seu papel institucional, como ligação entre os cidadãos e aqueles que refletem sobre os temas que direta e indiretamente afetam a cidade.

    Hoje temos um série de instrumentos urbanísticos abrigados no Estatuto da Cidade e no Plano Diretor que possibilitam a concretização do projeto urbano escolhido para ser executado.

    Os arquitetos devem conhecer as experiencias de outras cidades brasileiras - particularmente São Paulo e Curitiba para levantar as avaliações das suas equipes com relação a seus erros e acertos, e assim se capacitarem com relação a essas novas alternativas abertas para o financiamento de projetos urbanos.

    Helia Nacif Xavier

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  2. Estou encantada com seu blog, parabéns MESMO pela iniciativa!
    Já estou o passando adiante :-)

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  3. não dá, chega!!!!

    http://paulocase.com.br/
    http://www.sergiomdias.com.br/
    http://www.sewarquitetos.com.br/paginas/curriculum.html
    http://www.fernandasalles.com.br/

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