Posto 5 / mai 09

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A inauguração do Hospital Sarah-Rio está sendo amplamente noticiada pela imprensa carioca. Mas o nome de Lelé tem sido injustamente omitido. É mais um triste sinal do descaso pela arquitetura no Rio de Janeiro. Segue carta que enviei hoje ao "Globo":

"A inauguração do Hospital Sarah-Rio, destacada na primeira página do jornal "O Globo" de hoje, de fato integra o Rio a uma rede hospitalar reconhecida internacionalmente. Mas não apenas na área da Saúde. Também no campo da Arquitetura a Rede Sarah é hoje referência indiscutível, e isso graças à ação do arquiteto João Filgueiras Lima, Lelé, autor dos projetos de todas as suas unidades e coordenador do Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), localizado em Salvador. Lelé está entre os maiores arquitetos brasileiros de todos os tempos, e é uma ofensa à própria arquitetura brasileira que seu nome não seja sequer mencionado nas matérias publicadas na imprensa carioca."

Um comentário:

  1. Adriano C. Mendonça4/5/09 12:20

    Ana Luiza,
    Sua surpresa foi a mesma que a minha. Enquanto no mundo todo, inclusive entre nossos vizinhos latinoamericanos, celebram-se as grandes obras e os grandes autores, aqui vemos uma absoluta ignorância do que é e a que serve a arquitetura. O sentimento de maravilhamento que domina qualquer ser humano minimamente sensível ao espaço e à luz, ao caminhar pelos átrios do Hospital Sarah Rio, parece ter faltado ao jornalista. Ou então este sentimento não despertou sua curiosidade a ponto de se indagar se haveria, por trás da obra-máquina, um homem criador.
    Que se omitisse o Lelé e se louvasse a equipe do CTRS (pois como ele mesmo insiste, o trabalho é coletivo), a identificação dos autores é o primeiro passo para um movimento de urgente de retomada do prestígio da profissão no Brasil.

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