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O IAB e o Rio / É muito bom constatar que os arquitetos estão recuperando um papel de destaque nas discussões sobre a cidade, como ficou claro esta semana na cerimônia do anúncio do resultado do concurso do Porto Olímpico, que levou à sede do IAB um número expressivo de autoridades públicas, arquitetos, estudantes e jornalistas, entre brasileiros e estrangeiros.
A presença do próprio prefeito na cerimônia mostrou que ele não só respeita a instituição como se sente à vontade na casa dos arquitetos, e o tom que imprimiu à sua fala revelou um tom de camaradagem poucas vezes visto entre os arquitetos e a prefeitura do Rio de Janeiro, mesmo na gestão do arquiteto e prefeito Luiz Paulo Conde.
Se o IAB, porém, aceitar ser “uma extensão da prefeitura”, como sugeriu então o prefeito, irá se comprometer e comprometer a própria prática da arquitetura. Como organização profissional essencialmente ligada à arquitetura e à cidade, o IAB deve procurar sempre manter boas relações com a prefeitura, claro. No entanto, como instituição não-governamental que também é, deve cuidar igualmente de resguardar sua independência em relação ao poder público, em todas as suas instâncias. A autonomia, afinal, é uma condição indispensável à reflexão e ao exercício da crítica, tão necessário quanto a prática projetual da arquitetura e do urbanismo, que no Rio felizmente vem se intensificando.
O IAB e o Rio / É muito bom constatar que os arquitetos estão recuperando um papel de destaque nas discussões sobre a cidade, como ficou claro esta semana na cerimônia do anúncio do resultado do concurso do Porto Olímpico, que levou à sede do IAB um número expressivo de autoridades públicas, arquitetos, estudantes e jornalistas, entre brasileiros e estrangeiros.
A presença do próprio prefeito na cerimônia mostrou que ele não só respeita a instituição como se sente à vontade na casa dos arquitetos, e o tom que imprimiu à sua fala revelou um tom de camaradagem poucas vezes visto entre os arquitetos e a prefeitura do Rio de Janeiro, mesmo na gestão do arquiteto e prefeito Luiz Paulo Conde.
Se o IAB, porém, aceitar ser “uma extensão da prefeitura”, como sugeriu então o prefeito, irá se comprometer e comprometer a própria prática da arquitetura. Como organização profissional essencialmente ligada à arquitetura e à cidade, o IAB deve procurar sempre manter boas relações com a prefeitura, claro. No entanto, como instituição não-governamental que também é, deve cuidar igualmente de resguardar sua independência em relação ao poder público, em todas as suas instâncias. A autonomia, afinal, é uma condição indispensável à reflexão e ao exercício da crítica, tão necessário quanto a prática projetual da arquitetura e do urbanismo, que no Rio felizmente vem se intensificando.