6
Skate na Praça / O skate está intimamente associado aos espaços urbanos. Rampas, escadas, bancos, marquises, tudo é desafio para quem vive atrás da adrenalina de manobras (e tombos) espetaculares no asfalto. No Rio, os skatistas habitam o Centro desabitado. É um instante de felicidade vê-los cruzando o pilotis do Ministério da Educação ou voando sobre a Praça XV, onde eles costumam se concentrar nos finais de semana. E é aí que eles vão estar, domingo, na versão carioca do GoSkateboardinDay, manifestação criada na Califórnia em 2003 e que ocorre simultaneamente em várias cidades do mundo, sempre no dia 21 de junho, como uma celebração da liberdade associada à prática do skate.
Mas para os skatistas cariocas, a data será mais que isso: eles pleiteam "a chance de um diálogo com a prefeitura" para expor sua proposta de "construção de um múltiplo e versátil ambiente de rua", definido não como um 'skateparque' - projetado para uso exclusivo dos skatistas - mas como "um parque onde possa ser praticado o skate". O que eles querem, simplesmente, é estar na cidade. Vivê-la, a seu modo, superando a sua própria marginalização.
É uma reivindicação a ser ouvida, por parte de uma comunidade que já tem presença na revitalização do Centro.
(ver o vídeo "Em cartaz", na coluna à esquerda, e o manifesto XV: http://www.fotolog.com.br/avuatauba).
No dia mesmo da inauguração da nova urbanização da Praça XV, quando o prefeito Conde ia chegar, a prefeitura teve que reparar o granito da mureta que cerca o chafariz do Mestre Valentim que havia sido quebrado pelos skatistas. O problema é que eles não so deslizam com o skate (o que obviamente seria chato), mas também fazem manobras nas quinas dos degraus, muretas, etc. E o material que foi colocado não suporta, pois não foi pensado para isso. Esse é um problema mesmo e a solução não pode ser o conserto dos bens publicos a toda hora.
ResponderExcluir