Rio + 20 / Quem passa pela praia de Copacabana vê surgir a obra mais recente da arquiteta Carla Juaçaba: uma imensa estrutura metálica, em construção no Forte de Copacabana, destinada a abrigar reuniões e exposições durante a Rio+20. O projeto, assinado com a cenógrafa Bia Lessa, se insere na linhagem da arquitetura visionária encabeçada por Cedric Price (Fun Palace, em Londres), Yona Friedman (Paris Espacial) e pelo grupo Archigram, nos anos 60.
Trata-se basicamente de uma estrutura treliçada, leve e portante, que hospeda caixas/cápsulas intercambiáveis e igualmente leves - de painéis de madeira, no caso -, suspensas do chão. Todos os elementos construtivos são pré-fabricados, de pequenas dimensões, e foram articulados para serem montados, desmontados, transportados e remontados, mobilizando estratégias de reaproveitamento. Mas aqui a estrutura - toda feita de andaimes - se concretiza e atualiza, à escala da paisagem carioca: 170x 40 m, com 25 m de altura. O resultado é de tirar o fôlego: o cruzamento do viés mais ficcional da arquitetura pop com o horizonte azul de Copacabana, e o Pão de Açúcar ao fundo. É algo que vai durar pouco ali - não mais que um mês - mas que já figura com destaque dentro do quadro que também vai se construindo da arquitetura contemporânea no Rio de Janeiro.
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