Saudades daqui. Pensando em voltar em breve.
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Domínio Público /  Vale a pena ver este documentário sobre as transformações em curso no Rio, gravado entre 2011 e 2014 (com legendas em inglês e espanhol): https://www.youtube.com/watch?v=dKVjbopUTRs

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Alemão / Boa programação no Alemão este sábado: lançamento do documentário “Copa pra Alemão ver", produzido por jovens do projeto Faveladoc, Mutirão de Graffiti, Coletivo de Artistas Anônimos Bonobando, Bloco Apafunk e muito mais. Durante todo o dia. Na rua, em diferentes pontos da Avenida Central. 

CIRCULANDO: Diálogo e Comunicação na Favela
06 de dezembro de 2014
das 9h às 23h
Avenida Central, 68 – Complexo do Alemão
Contatos: 21 2260-3998 (Raízes em Movimento) ou 21 99311-9672 (David Amen)
contato@raizesemmovimento.org.br
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Diagramas de Basbaum / O artista plástico Ricardo Basbaum falará sobre Diagramas na última palestra do ciclo "Limites Incertos", amanhã, quarta-feira, às 18:30, no auditório Anchieta da PUC-Rio (R. Mq de S Vicente, 225, Gávea).
 
O ciclo é organizado pelo Programa de Pós-graduação em Arquitetura e pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio.

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Welcome to Rocinha / O chaveiro foi comprado por 7,50 Reais na “souvenir house” de uma das maiores e mais densas favelas do Rio. A loja está instalada há um mês no pavimento superior de um pequeno prédio da rua 1, principal via de circulação de pessoas, veículos e mercadorias da Rocinha. É preciso ter fôlego e pernas pra vencer a escadinha pra lá de íngreme, revestida de um porcelanato cuja alvura não deve ser fácil manter, diante do lixo amontoado na calçada.
Pela janela, a vista do mar de São Conrado, lá embaixo, é deslumbrante. Nas prateleiras, todas aquelas bugingangas coloridas de plástico e alumínio vendidas aos montes nos pontos mais turísticos da cidade: camisetas, chapéus, bolsas, canetas, copos que provavelmente ninguém compraria se não fossem estampados com a imagem do Cristo Redentor, o Pão de Açúcar ou o calçadão de Copacabana.
Mas entre essas lembrancinhas “típicas do Rio” encontramos também imagens de casas construídas precariamente em encostas. E aqui e ali um “Rocinha” gravado numa bolsa ou chaveiro (made in China ou no Largo dos Boiadeiros?). Pelo tamanho da loja, a quantidade de mercadorias expostas e o grau de investimento no espaço, percebe-se que um bom número de turistas é esperado por aqui. E de várias partes do mundo, ou os chaveirinhos não dariam boas vindas em português, espanhol e inglês.
A vendedora pergunta se sou guia turístico. Quando digo que não ela me olha com um pouco de espanto, como quem pergunta “então o que você está fazendo aqui?” Penso em esclarecer mas o troco vem errado, com uma moeda de 5 em vez de 50 centavos. Percebo que ela fica um pouco constrangida e me calo. Em todo caso preciso descer e voltar pra rua, onde me esperam.
Lá fora, o carro de som continua irradiando poemas de Drummond, numa celebração insólita do seu aniversário que aos poucos vai provocando as reações mais surpreendentes - "eu queria saber ler pra poder ler este livro", diz um rapaz de cerca de 30 anos que não se deixa filmar.
Faz um calor infernal e procuro um canto qualquer pra me sentar. Mas no meio do caminho tem muitas pedras, motos, caixas d’água, flores, 12 salgadinhos por 1 Real, pilhas de tijolos, fuzis, crianças. E grupos de turistas. Todos estrangeiros, claramente. Passam por mim em direção à souvenir house, mas o motoboy parado na minha frente não me deixa ver se ela já está incorporada ao roteiro traçado pelas agências que oferecem um "favela tour" de jeep pela Rocinha, a cerca de 80 Reais por cabeça.
Não há dúvida de que a identidade em construção aqui passa por um tipo de turismo que tem crescido sensivelmente com a instalação das UPPs. Mas até que ponto esse movimento turístico impulsiona de fato o desenvolvimento sócio-econômico da favela, e até que ponto confirma apenas, mais uma vez, o potencial de atração da cidade pelo viés da exploração da miséria, da desigualdade e do exotismo selvagem?
Uma placa já anuncia uma “guest house” a poucos metros da “souvenir house”. E pode ser que ninguém nos dê atenção, se não voltarmos no ano que vem com Drummond em inglês: In the middle of the road there was a stone / there was a stone in the middle of the road / there was a stone / in the middle of the road there was a stone.
 

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Beatriz Sarlo na PUC /

Beatriz Sarlo, uma das intelectuais mais vibrantes da América Latina, chega amanhã ao Brasil para uma palestra e lançamento do seu livro "A Cidade vista. Mercadorias e cultura urbana" (Coleção Cidades, editora WMF Martins Fontes).
 
No livro, a autora percorre e mapeia Buenos Aires - não a cidade turística, mas a cidade surgida e transformada nas últimas décadas em meio à crise econômica da Argentina.
 
O evento é mais uma realização conjunta do Instituto de Estudos Avançados em Humanidades e do Programa de Pós-graduação em Arquitetura da PUC-Rio. 
 
Sexta-feira agora , dia 31, às 16 hs, na PUC (sala F300, terceiro andar do edifício Frings).
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Sábado, na Gávea. Autoretratos, Fotoformas, Sobras e outros trabalhos de Geraldo de Barros, reabrindo a casa depois do Serra.

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Rio Contemporâneo / No final do ano passado, a convite de Hugo Segawa e Monica Junqueira, estive na FAU-USP representando o Rio no seminário "Arquitetura Brasileira Contemporânea: A Produção de um Patrimônio Cultural". 

O seminário - um panorama abrangente da produção arquitetônica recente no Brasil, iniciado em 2012 - aconteceu simultaneamente à X Bienal de Arquitetura de São Paulo. Aproveitei a oportunidade para complementar as duas exposições sobre o Rio em cartaz então no CCSP ("RioNow" e "O Rio do Futuro de Sergio Bernardes") apresentando e discutindo mais pontualmente projetos e obras propostos e/ou construídos na cidade no âmbito das grandes transformações desencadeadas pela Copa e as Olimpíadas, como o MIS, o MAR, Morar Carioca, Bola pra Frente, Teleférico do Alemão, Pavilhão de Humanidades, Porto Maravilha e Parque Olímpico da Barra, além de movimentos como Ocupa Cabral, Ocupa Câmara e outros.

O registro audiovisual, produzido pelo VideoFau, está aqui agora,   e junto com as apresentações dos demais palestrantes constitui um bom painel da arquitetura contemporanea no Brasil: http://www.fau.usp.br/intermeios/pagina.php?id=340 

Mas advirto logo que Hugo se surpreendeu com meu "desencantamento".
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Bienal de Veneza /
Minha leitura da Bienal de Arquitetura de Veneza, que tem curadoria de Rem Koolhaas e fica em cartaz até novembro:
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Limites incertos / Esta quarta, dia 8, tem Limites Incertos. O palestrante é o prof. Marcelo Jasmin (História, PUC-Rio), que vai falar sobre o conceito de "Futuro". Às 18:30h no Auditório Padre Anchieta da PUC-Rio (R Mq São Vicente,225, Gávea). 




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BNDES / A segunda e última fase do concurso público de projetos para o Anexo do BNDES terá uma sessão pública esta quarta, dia 24, em que os 5 finalistas apresentarão oralmente suas propostas e responderão a perguntas da banca. Às 10 hs, no BNDES (Av Republica do Chile, 330, Torre Oeste, auditório do oitavo andar). Basta se cadastrar na hora. As 5 equipes concorrentes são encabeçadas por André Michels Chibiaqui, Daniel Gusmão, Henrique Martin Te Winkel, Monica Trindade Schramm e Mario Biselli. O resultado final será divulgado dia 30.



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"Toda vez que eu venho aqui a exposição cresce" começa Ronaldo Brito sobre a exposição de Serra, na "Conversa na galeria" realizada recentemente no IMS, cujo registro está aqui:
http://www.blogdoims.com.br/ims/conversas-na-galeria-ronaldo-brito
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Fora de alcance / Sábado (dia 20), às 17 hs, tem a última "Conversa na galeria" dentro da exposição de Mauro Restiffe no IMS. Com Agnaldo Farias (FAU-USP) e eu. É só chegar.

A conversa anterior, com o próprio Mauro Restiffe e o curador Thyago Nogueira, já está aqui: http://www.blogdoims.com.br/ims/conversas-na-galeria-mauro-restiffe